Trazendo diferentes expressões artísticas para um diálogo aberto, o Grupo de Pesquisa do Movimento desenvolve espetáculos, laboratórios, espaços-improviso, performances, debates, palestras, sempre valorizando processos de criação artística e buscando uma linguagem própria e poética para a dança. Criado em janeiro de 2004, por Paulo Guimarães, bailarino da Quasar Cia. de Dança (1998 a 2003), atualmente o Grupo reside no MEME - Centro Experimental do Movimento, em Porto Alegre – RS.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Nossa canção concorre na 11ª Edição do Festival de Música de Porto Alegre
Estamos, desde já, inscritos no 11º Festival da Música de Porto Alegre, que acontece de 30/10 a 2/11 no Teatro de Câmara Túlio Piva, a partir das 19h30. "Linha", canção de Tiago Rinaldi para o Espetáculo Teresinhas, de Paulo Guimarães, concorre como melhor música, intérprete, instrumentista, letra, arranjo e interpretação.
A apresentação do moço será dia 31 de outubro, sexta-feira, previsto para as 22h30. Quem quiser conferir e se unir à torcida é bom chegar cedo, pois a lotação do teatro é pequena.
Como sempre, além dos concorrentes, o festival conta com shows durante todas as noites, com talentos revelados pelo próprio festival. Este ano o evento conta com o show da Banda Raio Choque (30/10), Alvo do Sistema (31/10), Renata Adegas (01/11) e Pública (02/11), que encerra o Festival.
Para quem ainda não assistiu ao espetáculo, segue abaixo o clipe da música, produzido pela colateral filmes, de Porto Alegre.
Mas Bah!!! Merda pro Tiaguito e pro seu violão!!!
GrupoMEME
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Sindbancários inaugura sala de cinema no centro de Porto Alegre!
Na última terça-feira, dia 14 de outubro, foi inaugurado o CineBancários, sala de cinema que tem como objetivo valorizar a produção cinematográfica do Rio Grande do Sul, do Brasil e do Mercosul.
Com uma programação que prioriza ciclos e mostras de filmes de curta e longa metragem nacionais, películas que marcaram a história do cinema no mundo e cuja produção tenha origem no Mercosul, a sala pretende ser um espaço voltado para debates sobre os grandes temas da humanidade, a partir da criação audiovisual.
Localizada na rua da Ladeira (Rua General Câmara, 424), entre o Teatro São Pedro e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, a sala é equipada com modernos equipamentos de som e imagem, com ambiente climatizado, e tem capacidade para 83 pessoas. A obra foi executada com recursos obtidos por meio da Lei Rouanet, com patrocínio da Petrobras e o Banrisul.
Além disso, o público terá acesso a ingressos a preços especiais e valores diferenciados para bancários sindicalizados, estudantes, menores de 12 anos e maiores de 60 anos de idade, com valor de R$ 5,00 a inteira e R$ 2,50 a meia - de terça a domingo.
A iniciativa faz parte do projeto do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), eu visa criar um novo complexo cultural e de cidadania voltado para quem circula no Centro da Capital.
A Sala CineBancários, que foi aberta ao público no dia 15/10, inaugura sua tela com o ciclo CINEMA e TRABALHO, com uma seleção de vinte filmes entre clássicos e contemporâneos. Veja o programa clicando aqui ou peça pelo emailcinebancarios@sindbancarios.org.br.
SERVIÇOS
.: A sala
Ambiente com ar climatizado;
81 poltronas;
Dois lugares para cadeirantes;
Projetor Multimídia com sistema Blue Ray;
Projeção 35mm;
Som Dolby Digital 5.1;
Palco Multiuso
.: Ingressos:
Público em geral: R$ 5,00
Estudantes, idosos acima de 60 anos e bancários sindicalizados: R$ 2,50
.: Funcionamento:
De terça a domingo
Sessões:
De terça à sexta: 14h30, 16h30 e 18h30
Sábados e domingos: 15h, 17h e 19h
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
A cereja do bolo?
Sempre me interessei por política e por dança. Mas nunca parei para pensar nos dois juntos. Até agora.
Em 1982, fui redatora-chefe da “Gazetinha”, jornalzinho da minha turma de 4 série do Ensino Fundamental. Escrevi um texto sobre as eleições para governador do estado, as primeiras desde muito tempo, pois ainda estávamos em período de ditadura militar.
Em 1985, acompanhei atentamente o drama de Tancredo Neves, o primeiro presidente civil eleito depois de muitos anos. Tá certo que não foram eleições diretas, mas mesmo assim, o povo brasileiro vibrou muito com a sua vitória e nele depositava grandes esperanças.
Uma noite, no hotel Plaza São Rafael, me deparei com uma comitiva de políticos do PDT. Tancredo estava já internado e ninguém sabia de fato quais eram as chances dele sobreviver e ocupar a presidência. Eu tinha 12 anos. Caminhei até Leonel Brizola e perguntei a ele como estava o presidente. Lembro que ele me recebeu muito educadamente, conversamos sobre a situação do país ligeiramente e então ele olhou para os outros que estavam ao seu redor e disse: “aqui está a futura prefeita de Porto Alegre!!!”
Outubro 2008 – Porto Alegre teve 4 candidatas à prefeitura e eu não era nenhuma delas. Minha experiência com a política esvaneceu com o fim do meu período na Universidade. Muita campanha eleitoral fiz, muitas bandeiras carreguei, mas muito além disso não fui.
Quinta-feira passada, assisti ao debate dos candidatos a prefeito de Porto Alegre na RBS TV. E uma coisa começou a “gritar” nos meus ouvidos: ei! Vocês aí, senhores e senhoras candidatos!!! E quais são os seus projetos para a arte?? Não houve resposta. Dentre todos os tópicos de perguntas, nenhum deles dava abertura para que se falasse pelo menos um pouquinho sobre o papel da arte e da cultura em um governo. Ok, ok.... Eu sei que saúde, educação, transporte coletivo, desenvolvimento econômico etc, são assuntos de primeira importância. Muitos até diriam que arte é a cereja no topo do bolo, ou seja, é um enfeite, um toque de elegância para uma sociedade que já tenha tratado de seus outros problemas e possa se dar ao luxo de desfrutar de um espetáculo de música, teatro ou dança.
Será? Será que somos mesmo uma mera cereja? Nada contra a cereja, mas acredito que podemos e somos também capazes de ocupar outras partes desse bolo. Projetos artísticos podem muito bem transformar uma comunidade, tirar crianças das ruas, educar o cidadão, ampliar os horizontes, andar lado a lado com outros projetos de saúde e educação e até de desenvolvimento. Uma cidade precisa cuidar bem de seus artistas e dar oportunidades reais para que se criem outros, para que haja renovação e que esta renovação não aconteça somente nas elites que tem poder aquisitivo para pagar por aulas ou ir ao Teatro São pedro, nem que fique restrita à panelinhas.
Eu gostaria de ouvir, agora nesse segundo turno, as propostas de Fogaça e Maria do Rosário para a arte a a cultura. Gostaria de saber que a minha cidade tem projetos sociais que levam tudo isso em consideração.
Queremos fazer parte da discussão. Queremos ser a cereja e também o bolo.
Fernanda Stein