quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Oficina ‘Clown Vivencial’, com Melissa Dornelles





MEME Santo de Casa Estação Cultural convida para a Oficina ‘Clown Vivencial’, que será ministrada nos dias 6 e 7 de novembro de 2010. Melissa Dornelles vem pesquisando a arte do palhaço no palco, em instituições hospitalares, e em asilos há mais de dez anos.

A Oficina ‘Clown Vivencial’ busca a sensibilização, a tomada de consciência dos ‘automatismos’ e o resgate da ‘essência’ e da criança interior. A crença de que o clown não é uma personagem, mas sim uma lente de aumento da alma e da corporalidade de cada pessoa, direciona esse workshop para uma oportunidade de auto-conhecimento e auto-aceitação profundos.

Vivências e jogos proporcionam um resgate da ludicidade para que os corpos relembrem a liberdade expressiva que é inerente a todos os seres humanos. O clown é abordado como uma ‘respeitável criança criadora’, um provocador de emoções, de sentimentos, de sensações e especialmente de riso.Sob essa ótica, o clown, guiado pela lógica do jogo, pode brincar com as relações humanas, onde todos podem se reconhecer através de suas tentativas atrapalhadas e ingênuas, e ao mesmo tempo, gozar de um sentimento de integridade, frente a esta pequena máscara que é o nariz vermelho. Fazendo rir com sua visão de mundo e suas tentativas de transpassar os seus fracassos.

Através de exercícios e vivências (re)criadas por Melissa Dornelles, os alunos terão a oportunidade de buscar fazer graça. Mais especificamente, de ser a graça. Enfocando o prazer do jogo, sem aprofundamento técnico. A possibilidade da descoberta do clown de uma forma profundamente humana, promovendo o jogo cênico/cômico através do ser artístico e poético.

A oficina é direcionada para pessoas sem experiência profissional na área teatral.


Valores:

inscrições antecipadas até o dia 29 de outubro
160 reais (à vista) ou
3 parcelas de 60 reais

Após 29 de outubro
180 reais (à vista) ou
3 parcelas de 70 reais





Melissa Dornelles é atriz, clown e produtora. Diretora e professora da Cia Circular, ministrante de workshops de iniciação e de manutenção de clown, para atores e estudantes de teatro. Ministrante do curso CLOWN VIVENCIAL, com enfoque no desenvolvimento humano, direcionado para pessoas sem experiência profissional no teatro. Estes cursos fazem parte do Núcleo de Arte Educação da Cia Circular.

Bacharel em Artes Cênicas pela UFRGS. Participou de oficinas e workshops ministrados por Philippe Gaulier, Maria Helena Lopes, Maria Lúcia Raymundo, Irion Nolasco, Grupo Potlach, GrupoLUME, UTA, Carlos Simoni, Ricardo Puccetti, Ana Elvira Wuo, Roberto Birindelli, Julio Conte, Biño Sauitzwy, Daniela Carmona, Gina Tocchetto, Inês Marocco, Marcia Strazzacappa, Sérgio Mercúrio, Leela Alaniz, Thaís Petzhold, Jussara Miranda, Adriano Basegio entre outros.

Iniciou suas atividades artísticas em 1995, num espetáculo de rua chamado ‘A Vida é uma Droga’, de Júlio Conte. No mesmo ano atuou em ‘Núpcias Pois’, sob direção de Daniela Carmona, pelo Projeto Novas Caras. Em 2005 foi aluna da École Philippe Gaulier, na França. Integrou o NIT-Núcleo de Investigação Teatral, coordenado por Roberto Birindelli, participou do Grupo de Pesquisa de Pós-Graduação do Hospital de Clínicas de POA por cinco anos como idealizadora e clown do projeto ‘Azulão, O Desenvolvimento da Técnica Clownesca no Setor de Oncologia Pediátrica do HCPA’. Durante os anos de 2004 e 2005 trabalhou em Londres e em Paris como performer do grupo de dança/teatro About Seven. Também na Inglaterra, no ano de 2004, ministrou um workshop de expressão corporal, por meio ano, voltado para moradores de rua no FairBridge Institution.

Atualmente está dirigindo o primeiro espetáculo de rua de circo financiado pela prefeitura de Porto Alegre através do FUMPROARTE; Circonservando, que se utiliza de técnicas circenses - como contorcionismo, acrobacia e malabares, bem como da linguagem clownesca.



Sobre o MEME Santo de Casa Estação Cultural

Recentemente inaugurado na Cidade Baixa, o MEME Santo de Casa Estação Cultural é a consolidação de um trabalho que vem sendo desenvolvido pelo MEME - Centro Experimental do Movimento, há mais de cinco anos. A partir da necessidade de ampliar espaços culturais alternativos para o desenvolvimento da arte em Porto Alegre, e tomando como referência locais similares no eixo Rio/São Paulo e também no exterior, um grupo de artistas gaúchos já consagrados em suas determinadas áreas uniu esforços para que MEME Santo de Casa Estação Cultural se tornasse uma realidade.

Em 2005, o MEME recebeu Prêmio Condança de melhor projeto de pesquisa para Anjos 40. Em 2007 recebeu o Prêmio Açorianos de Artes Visuais - destaque em Mídias Tecnológicas com a Video Performance Porões A-Paralelos (Eny Schuch, Fernanda Stein, Niura Borges e Paulo Guimarães).

O MEME é coordenado pelo bailarino e coreógrafo Paulo Guimarães. Sua trajetória, envolvendo ensino e criação artística, iniciou no curso de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas (1986) ao trabalhar com crianças da periferia na pesquisa “Resgate de Brincadeiras”, que foi objeto de sua monografia de graduação. Como bailarino, possui formação em ballet clássico, jazz, contemporâneo, moderno, dança afro e dança-teatro, tendo como principais mestres Berenice Fuhro Souto, Susana D’Ávila, Tony Abbott, Henrique Rodovalho, Ivonice Sati, Denise Namura e Ancelmo Zolla. Integrou as companhias gaúchas Transforma, Muovere e Anette Lubisco, além de participação como bailarino convidado no espetáculo Caixa de Ilusões, de Eva Schul com a Ânima Cia de Dança. Integrou ainda o elenco da Raça Cia de Dança, de São Paulo e da Quasar Cia. de Dança, de Goiânia – considerada uma das melhores companhias do país. Participou de vários festivais nacionais e internacionais de dança, como o Festival de Dança de Joinville e Biennale de la Danse de Lyon, na França. Entre 2002 e 2003, lecionou na Universidade Federal de Goiás, nos cursos de Teatro e Musicoterapia.

O MEME nasceu de uma oficina ministrada por Paulo Guimarães, no projeto Movimentos Incessantes – Porto Alegre Cidade Que Dança, realizado em 2004 pela Secretaria Municipal da Cultura/Prefeitura de Porto Alegre. Desde então, tem desenvolvido intensas atividades, incluindo a abertura do MEME Centro Experimental do Movimento, que se firmou como um espaço onde a dança convida outras linguagens artísticas promovendo o intercâmbio, a experimentação e o diálogo de processos híbridos de criação artística.

Durante a semana a Estação Cultural oferece aulas de dança contemporânea, arte circense, danças circulares, pilates, alongamento, condicionamento físico, hatha yoga e tango. Os sábados são exclusivamente das crianças: ioga, dança criativa, teatro de animação e arte circense são atividades que compõem a proposta especialmente desenvolvida para os pequenos. Paralelamente, o grupo desenvolve laboratórios de criação em dança e abre o espaço para que grupos independentes possam dialogar e desenvolver suas pesquisas e experimentações, seja em dança, teatro, circo, música ou artes visuais.

Em seu repertório, o MEME tem os espetáculos: Bu! Um olhar adulto sobre a criança que há em nós (2005) - montagem que recebeu 04 Prêmios Açorianos Dança, incluindo melhor espetáculo, produção, trilha sonora e iluminação;

Despidas por seus celibatários (2006) - recebeu 02 indicações Prêmio Açorianos Dança (produção e cenografia) e 08 indicações Prêmio Quero-Quero SATEDRS (espetáculo, coreografia, bailarina, trilha sonora, iluminação, cenografia e produção)

Teresinhas (2008) – foi sucesso de publico e critica, e a canção Linha, de Tiago Rinaldi, que integra a trilha sonora do espetáculo foi aclamada no 11º Festival de Música de Porto Alegre, conquistando o primeiro lugar além do destaque de melhor letra.


SERVIÇO

Oficina Clown Vivencial

Dias 06 e 07 de novembro.
Sab das 17 às 21h. Dom das 15h às 19h.
Cada encontro com 4 horas, totalizando 8 horas de oficina.
Lopo Gonçalves, nº 176 – Cidade Baixa – Porto Alegre
Telefones para contato:
51 30192595
Tiago Rinaldi – 51 93159242
producao@centromeme.com.br
Melissa Dornelles
Contato: (51) 8128 0779 - melissadornelles@gmail.com

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Esquina Democrática? Aonde!?




Publicamos comentário do ator Marcelo Aquino a respeito do episódio ocorrido este mês na Esquina "Democrática", centro de Porto Alegre. Dia 16 de Outubro de 2010, sábado a Brigada Militar tenta parar apresentação da peça Árvore em Fogo da Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FaveLA...detêm os atores ao final da apresentação, inclusive uma criança de 11 anos que participa de encenação, desrespeitando o Art.5º da Constituilção, que diz: "É LIVRE A EXPRESSÃO DA ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E DE COMUNICAÇÃO INDEPENDENTE DE CENSURA OU AUTORIZAÇÃO"


É da maior importância levarmos este flagrante adiante para discutirmos a atual política cultural em Porto Alegre e no RS. Segue o comentário:


Quem mora no Rio de janeiro, sobretudo na linha de fogo entre o morro e o asfalto, não consegue mais fazer distinção entre bandido e policial. Não precisa assistir Tropa de Elite 2 para entender como as coisas funcionam por aqui. Como gaúch...o, morador de Copacabana a 4 anos, e depois de já ter virado estatística sendo assaltado, participado de tiroteio na Nossa Senhora de Copacabana e acompanhado da janela toda sorte de absurdos envolvendo a polícia carioca, sempre tive muito orgulho de falar da boa e valorosa Brigada Militar de Porto Alegre, para mim sempre exemplo como instituição que faz parte da história dos gaúchos....mas o que é que está acontecendo com a Brigada Militar de Porto Alegre afinal? Tenho lido sobre índices alarmantes de crescimento da criminalidade na cidade de Porto Alegre, e será que a brigada não tem uma tarefa importante a cumprir no combate aos bandidos? será mesmo que este é o papel da Brigada militar gaúcha? Prender artistas que estão na rua livremente se manifestando? Prender crianças? Que doideira é esta afinal? Que perigo pode representar um grupo de teatro afinal? Ou será que a policia já esta preparada para entender toda a subjetividade crítica e poder de informação de massa que o teatro pode ter...Bom ai sim!!! então este grupo poderia mesmo estar representando um perigo, propondo a reflexão, expondo as feridas da cidade e das instituições falidas e corruptas de poder instituídos...ai sim eles representam um perigo e precisam mesmo ser presos, aliás deveriam ser banidos da cidade pois este é o pior dos perigos que alguém pode representar, o perigo de fazer refletir, o perigo de desenvolver o senso crítico, o perigo de abrir na esquina democrática um grande espelho que possa refletir a imagem de uma cidade feia e doente....Cadeia para os artista de rua, algema neles e viva a esquina "democrática" viva a eterna hipocrisia dos pampas!!!!