A coreógrafa alemã Pina Bausch morreu hoje aos 68 anos, de forma inesperada e rápida, cinco dias depois de lhe ter sido diagnosticado um câncer.
Considerada um dos nomes mais importantes da dança contemporânea no século XX, marcou uma profunda alteração da linguagem da dança e foi criadora de obras emblemáticas, tais como "Sagração da Primavera" e "Café Muller".
"Pina Bausch deixa um reportório absolutamente invulgar e único; é uma das artistas e autoras mais criativas do século XX, cuja obra ultrapassa largamente o domínio da dança. Um dos aspectos mais notáveis é ela ter começado pela dança tradicional e, depois, ter ultrapassado todas as fronteiras, tornando-se numa das heroínas da cultura do século XX. É uma obra atravessada por um grande humanismo, no modo como retrata as contradições da natureza humana, e no olhar sábio que lança sobre o homem e sobre a mulher.”António Pinto Ribeiro, ensaísta e consultor da Fundação Gulbenkian
"É uma perda irreparável. Desaparece uma das grandes criadoras universais do século XX. E há algo da criação desse século e da passagem para o século XXI que morre com ela. Com ela aprendi muito, inclusivamente para o meu cinema, ao nível da montagem, da utilização da música e dos sons. Ao ver como as ideias se iam montando e surgindo na sua cabeça. Vai-me ser difícil fazer o luto, do ponto de vista pessoal, por causa da grande amizade que tinha com ela”.Fernando Lopes, realizador e autor do documentário “Lissabon Wuppertal Lisboa” (1998)
Fica aqui a nossa singela homenagem a esta extraordinária artista que tanto contribuiu para o mundo da dança.
Um comentário:
Qual a reflexão da morte? Pina Bausch, para nós criadores, talvez seja uma das maiores referências que temos na atualidade. Digo temos, pois ela continuará sendo; independentemente de onde esteja. E, que seu descanso, mais que merecido, seja de muita paz por tudo que ela fez pela dança. Obrigado!
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