terça-feira, 19 de julho de 2011

Baile de Inverno no Meme Santo de Casa.


Para divertir e aquecer o inverno, os dançarinos Guilherme Biegler e Elisa Hoffmann organizam em conjunto com o Meme Santo de Casa uma noite especial para os apaixonados por dança de salão. 



O evento acontece no dia 23 de julho, a partir das 20 horas. Os organizadores, que durante a semana lecionam aulas de tango, salsa, samba e demais ritmos latinos, prometem não deixar ninguém sentado! O serviço de cozinha do Baru Café Bistrô conta com empanadas, vinhos argentinos e chilenos, além de pratos e petiscos da culinária brasileira.

Ingresso individual: R$ 13,00
Ingresso casais: R$ 20,00 
Desconto: R$ 7,00 (alunos MEME, estudantes, crianças até 12 anos e terceira idade)
A casa aceita Visa e Mastercard.



Elisa Hoffmann, bailarina e professora de tango, tem em sua trajetória estudos em clássico, jazz, ballet moderno e dança de salão. Dedica-se à dança desde 1981, onde iniciou seus estudos na Academia de Ballet Copélia, dirigida por Lourdes D. Laybauer. Em 1990 ingressou no Curso Superior de Dança, na PUC de Curitiba (PR), fazendo parte do Grupo de Dança da Fundação Teatro Guaira liderado por Eva Schul e Eduardo Laranjeira. Na ocasião fez seu primeiro contato com o tango através de um trabalho coreográfico de Tony Abbott (Cisne Negro Cia. De Dança), coreógrafo brasileiro que fez parte da Cia do Teatro San Martin (Argentina).
 




Guilherme Biegler trabalha com dança de salão há mais de 6 anos. Com participação e premiações em diversos festivais, dentre eles, Baila Floripa, Porto Alegre em Dança e Congresso Mundial de Salsa do Brasil/SP, integrou Casa de Dança, Clube Farrapos e Centro de Dança Alexandre e Tracy.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Música de ontem e amanhã



Uma reunião de músicos, amigos e apreciadores do samba tradicional. Essa é uma definição que mais se encaixa no Projeto Resgate, que segue buscando preservar o samba em seus aspectos originais em diversos cantos da cidade. Entre o repertório do grupo estão várias vertentes do estilo: samba de terreiro, samba de morro, partido alto, samba enredo, entre outros. Durante as apresentações, a idéia é preservar o modo de tocar antigo, evitando ao máximo amplificação e outras alterações que saiam do modelo original. A pesquisa e a manutenção da cultura do samba em sua origem é uma das razões de ser do Projeto. 

O projeto Resgate já formou rodas com Moacyr Luz, Nei Lopes e realizou uma homenagem à Escola Império Serrano, entre outras. Além de apresentar-se em diversos pontos de Porto Alegre, o Resgate já apresentou-se em Florianópolis. 
 

Atualmente, o Projeto prepara uma homenagem ao sambista Chico Santana, ex-integrante da velha-guarda da Portela. Essa homenagem (que acontece em comemoração do centenário do compositor) será realizada por rodas de samba de vários pontos do Brasil (MG, SP, RJ e RS) ao longo do ano de 2011e o fechamento será em setembro no Rio de Janeiro, numa integração entre diversas rodas do país.

Serviço

O que: Projeto Resgate

Onde: MEME Santo de Casa Estação Cultural
Lopo Gonçaves, 176
Quando: 16/07 a partir das 19h
Quanto: R$ 10,00
Informações: 30192595 ou 93159242

blog:
www.projetoresgate-rs.blogspot.com
 

Oficina Danças Brasileiras

“O jogo e a Criação cênica nas Danças Brasileiras”


16 e 17 de julho –  13hs às 16hs
informações e inscrições no Meme Santo de Casa
Rua Lopo Gonçalves, 176 - Cidade Baixa - Porto Alegre
fone: 3019-2595



Essa oficina de 6 horas de duração, é direcionada a estudantes de dança e teatro, e interessados em geral que buscam um ambiente fértil para a criação e desenvolvimento da consciência corporal. A Dança Brasileira vista como potencializadora do estado de prontidão corporal , da abertura para o jogo (brincadeira com o colega), do prazer de estar em cena, da relação com o ritmo e o espaço, e do processo de criação cênica.
 A abordagem do trabalho será a partir da estruturação física e as particularidades que o corpo brasileiro apresenta em sua dança nas mais diferentes manifestações culturais, como por exemplo: aterramento dos pés e pernas, movimentação do quadril e das escápulas, deslocamento do eixo corporal (coluna) e a relação com o ritmo. O participante será estimulado a encontrar sua forma de dançar a partir destes estímulos e de algumas matrizes de danças como côco, jongo, samba de roda, maracatu, congada, ciranda.
O jogo e o prazer de brincar, de dançar e criar pequenas cenas ou coreografias permeia os exercícios de investigação corporal e de execução de danças em grupos.
Para que a relação com o ritmo e a música fique mais presente essa oficina conta com o acompanhamento de percussão ao vivo de Gustavo e Teixeira.




Roberta Casa Nova é atriz formada pelo Teatro Escola Porto Alegre e possui bacharelado em Dança pela Unicamp (Campinas – SP). Em sua formação nas danças brasileiras, freqüentou aulas no Instituto Brincante em São Paulo além de participar das disciplinas de Danças Brasileiras na Unicamp com as Professoras Inaycira Falcão e Graziela Rodrigues. Acaba de voltar de uma residência Artística na École Philippe Gaulier em Paris onde aprofundou estudos sobre o jogo cênico e o prazer de estar em cena.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Territórios da Cultura

Um território construído e conquistado por mãos conscientes do que significa compartilhar e que respeite as individualidades, onde se possa realizar e idealizar projetos que satisfaçam nossas necessidades de homem e cidadão, talvez seja o espaço ideal para habitarmos.
Este espaço de “conforto” o qual denominamos território da cultura tem sido uma constante busca na trajetória do grupo MEME.  Nosso objetivo nestes últimos tempos tem convergido pontualmente na busca de estratégias que facilitem o acesso a este território. 


Entre tantas perdas e ganhos, algumas indagações surgem durante o percurso, reflexões de um grupo de artistas que há sete anos vem se dedicando incansavelmente na reconstrução da sociedade através do exercício da arte, mas para que isso venha a acontecer, tornou-se necessário ocupar um espaço, estabelecer relações, promover o desenvolvimento das cadeias produtivas da cultura (criação, produção, formação, difusão e circulação de bens culturais), participar na estruturação de políticas culturais decentes à classe e entender que o “indivíduo” deve ser preservado acima de tudo.
São tarefas árduas que exigem demandas cada vez maiores e mais intensas das partes envolvidas: artistas, gestores, empresários, produtores, políticas (públicas e privadas), acadêmicos, autônomos, etc.
Como artistas, quando se fala em território da cultura pensamos num lugar onde se possa trabalhar em paz para desenvolver o potencial criativo que emana do “ser” humano; extravasar as necessidades de expressão; falar um pouco do que vemos e vivemos; não ter a preocupação com o resultado mesmo tendo consciência de para quem e aonde vamos “apresentar”. Como gestores e promotores o território adquire um status de investimento e conseqüentemente necessita de uma infra estrutura para estabelecê-lo e mantê-lo.
A questão, que serve como pergunta para todos os segmentos envolvidos é: - Trata-se um investimento lucrativo e por este motivo vale à pena investir em um território da cultura?

Para nós, do grupo MEME, a resposta é sim.

Todos nós fomos de alguma maneira transformados pelo processo artístico ao rever conceitos, expor cicatrizes, experimentar emoções, desenvolver a criatividade livremente e se permitir mergulhar no espaço da indeterminação sem medo do erro. Foram momentos inesquecíveis que “ficam” e trazem outros significados para as nossas vidas. Investir “nisto” significa dar um sentido além do “comum” para tudo o que fazemos.
Quando temos a oportunidade de contribuir para que nossos semelhantes sejam contagiados por este processo, e conseqüentemente transformados de forma simples e espontânea, temos algo que nos diz: - Este é o caminho!

Ao constituirmos um território da cultura além de experimentarmos o sabor da transformação pessoal, podemos desenvolver projetos mais consistentes e engajados que nos permitem atingir vários segmentos da sociedade, como por exemplo, a RUA DA CRIANÇA, que em 2010 beneficiou mais de mil crianças de todas as classes e raças num mesmo território onde juntas puderam brincar e se divertir na rua com total segurança, e acompanhadas de profissionais especializados em arte e educação. E que este ano terá sua segunda edição na Rua Lopo Gonçalves, 176, residência do MEME Santo de Casa Estação Cultural, nosso território da cultura que é um espaço totalmente autônomo mantido por artistas profissionais da cidade de Porto alegre, que através de uma rede de parcerias desenvolve, a cada ano, mais projetos referentes às cadeias produtivas da cultura, conscientes do papel social da arte. Um exemplo ilustrativo dessa realidade é o III Encontro MEME deArte Experimental que ocorreu em agosto de 2010 com o tema “Arte e Sustentabilidade” que reuniu pessoas de todos os segmentos da cultura e de vários estados brasileiros, Argentina e França com a finalidade de discutir e refletir sobre estratégias para o desenvolvimento e a popularização da arte em nossos territórios.
Todos esses “passos” têm o intuito de constituir e consolidar um território da cultura sensível às necessidades contemporâneas e que desenvolva ações em prol de uma sociedade mais humana através do exercício da arte. O caminho é longo e a tarefa é árdua, mas os sinais apontam em direção ao desconhecido, o que o torna excitante e motivador, porque para “nós” artistas a possibilidade de exercitar a criatividade é irresistível. 
                              
                                         
                              
                                                                                                                                                                                 Paulo Guimarães, coreógrafo e coordenador do MEME Santo de Casa Estação Cultural.