O V Encontro MEME de Arte Experimental,
que nessa edição tem como tema “Arte de
acessar a cidade... um caminho contínuo”, será realizado em um ciclo de
quatro estações. A proposta prevê que as estações do ano e as transformações
que operam na cidade inspirem momentos de criação, interlocução e vivências
voltadas para a relação do corpo com o espaço urbano, proporcionando um
processo de ações e reflexões sobre as diferentes formas artísticas de acessar
e atuar na cidade.
A primeira etapa
inicia dia 24 de agosto. A programação abre com a performance “Empilhamentos”, do
artista visual Ernani Chaves no MEME. Na seqüência acontece um laboratório de
criação e reflexão sobre as relações entre o corpo e a cidade (No MEME e Centro
de POA, dia 25 e na Casa Comum dia 26). A oficina terá a "ruína" como
ponto de partida, trabalhando qualidades e relações como: o corpo e a
arquitetura, a permanência e a impermanência, a lembrança e o esquecimento, a
construção e a destruição. Através da experiência da deriva e da vivência em
uma ruína será proposta a criação de intervenções poéticas.
O evento integra o
Programa MEME Quatro Estações de Cultura, projeto agraciado no Prêmio
Procultura de Estímulo ao Circo, Dança e Teatro 2010, via Ministério da
Cultura/ FUNARTE, e tem a curadoria coletiva de Gabriela Canale, Letícia
Coelho, Luciano Montanha e Paulo Guimarães.
Serviço
Performance 'Empilhamentos’ aberta com Ernani Chaves
24 de agosto às 20h
MEME [Rua Lopo Gonçalves, 176 – Cidade Baixa
Entrada Franca
Oficina de criação Corpo-Cidade-Ruína
25 e 26 de agosto, das 10h às 13h, das 14h30 às 18h30 – oficina para artistas e interessados pelas artes cênicas e visuais
MEME [Rua Lopo Gonçalves, 176 – Cidade Baixa] e Casa Comum [Rua Sofia Veloso, 68 - Cidade Baixa]
Valor: R$ 120,00 até dia 20 de agosto e R$ 150,00 até o dia 24 de agosto
Ernani Chaves
Possui graduação em
Licenciatura em Artes
Visuais pela UERGS (2007). É Arte-educador e Artista
Plástico, atua como docente em comunidades através de gravuras, ilustrações,
murais e grafitti. Também desenvolve metodologia de artes com educadores.
Atualmente desenvolve pesquisa em arte contemporânea, advinda da gravura,
denominada empilhamentos. Recentemente foi selecionado pelo Programa Itaú Rumos
Cultural em Artes
Visuais 2008-2009.
Gabriela Canale Miola
Graduada em
Comunicação, mestre em
Estudos Literários (UEL) e doutoranda em Teoria Literária
e Literatura Comparada (USP). É membro do GPIT, grupo de pesquisa de Identidade
e Território da UFRGS. Desenvolve trabalhos artísticos em que estabelece
diálogos entre diferentes linguagens – sobretudo a literatura e as artes
visuais. Tem como ponto de partida o tema da cidade. Fazem parte das suas obras
vídeos imersivos, vídeo danças, instalações, fotografias, colagens, arte
cibernética, intervenções urbanas e filmes. Dirige desde 2008 o Multigraphias,
projeto de criação coletiva de artistas residentes em diferentes partes do
mundo que compõe diariamente uma narrativa colaborativa sobre as cidades e
atualmente desenvolve o projeto Cidade Imaginada em que parte de qualidades do
espaço urbano para criar vídeos e performances.
Letícia Castilhos Coelho
Graduada em
Arquitetura e Urbanismo pela UFRGS (2000) e Mestre em Planejamento Urbano
e Regional pelo PROPUR/UFRGS (2011). Atua profissionalmente nas áreas da
Cultura, Patrimônio Histórico, Planejamento Urbano e Preservação Ambiental em
instituições públicas e privadas, com diversos trabalhos realizados para
projetos e obras de arquitetura e urbanismo, preservação do patrimônio cultural
e restauração de prédios históricos, projetos e produção de espaços
cenográficos para eventos, exposições e espetáculos, planejamento e execução de
atividades de educação patrimonial; pesquisa científica e publicações.É
professora substituta no Instituto de Artes da UFRGS - Departamento de Arte
Dramática; professora no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
FEEVALE; pesquisadora no Grupo de Pesquisa Identidade e Território – GPIT/UFRGS
e no Pagus - Laboratório da Paisagem/UFRGS. Conselheira estadual do Instituto dos
Arquitetos do Brasil - IAB/RS na gestão "Cidade e Cultura"
(2012-2013). Pratica dança contemporânea desde 1999. Atualmente, desenvolve
pesquisa voltada para experiências metodológicas e artísticas que busquem
investigar as relações entre o espaço e o corpo, como fundamentação para o
trabalho intitulado "Pegadas urbanas: o andar na leitura da cidade".
Luciano Laner (Luciano Montanha), Canoas/RS (1975)
É artista visual,
designer gráfico e educador. Graduou-se em Artes Visuais na
UFRGS (2007). Atua como arte-educador desde 2003. Integrou a equipe do Projeto
Pedagógico da 6ª Bienal do Mercosul, onde foi um dos coordenadores do Espaço
Educativo. Entre 2005 e 2007 integrou a equipe de Ação Educativa do Santander
Cultural, em Porto Alegre,
atuando como mediador cultural. Entre 2008 e 2011 coordenou o Programa
Educativo da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, tendo concebido e publicado
Materiais Didáticos, ministrado Cursos de Formação para Educadores, coordenado uma
equipe de 16 mediadores e concebido as Ações Educativas de cerca de 17
exposições, destacando-se “Iberê Camargo – Moderno no Limite”, “Dédale – uma
filme-instalação de Pierre Coulibeuf”, “Dentro do Traço, Mesmo”, “O Alfabeto
Enfurecido – Leon Ferrari e Mira Schendell”, “Desenhar no Espaço – artistas brasileiros
e venezuelanos na Coleção Patrícia Phelps de Cisneros” e “Convivências – Dez
anos da Bolsa Iberê Camargo”. Atualmente, coordena a Ação Educativa do Projeto
Séculos Indígenas no Brasil, onde vem aproximando jovens indígenas, estudantes
de Brasília, do trabalho de mediador cultural, além de estar preparando o material
didático do projeto, destinado aos professores das redes de ensino do DF. Como
artista, realizou exposições individuais e participou de exposições coletivas em Porto Alegre, tendo
sido a exposição “Janela para o Céu – situação Abyssos” (2009) indicada ao IV
Prêmio Açorianos de artes plásticas nas categorias “Destaque em Fotografia” e
“Artista Revelação”. Teve trabalhos publicados na “Revista Odisséia” (Porto
Alegre, 2009), no “Jornal Como” (Porto Alegre, 2007) e no site do “Projeto
Percursos” (2007). www.lucianomontanha.blogspot.com/
www.flickr.com/photos/lucianomontanha
/ www.seculosindigenasnobrasil.com
Paulo Guimarães
Bailarino e
coreógrafo, é fundador e coordenador do Meme – Centro Experimental do
Movimento, de Porto Alegre, onde atua desde 2004, desenvolvendo laboratórios de
sua pesquisa “Movimento Singular” com bailarinos, atores, músicos, artistas
plásticos e demais interessados, dentre os quais, bolsistas de comunidades em
situação de vulnerabilidade social. Sua trajetória, envolvendo ensino e criação
artística, iniciou no curso de Educação Física da Universidade Federal de
Pelotas (1986) ao trabalhar com crianças da periferia de Pelotas no que chamou
de “Resgate de Brincadeiras”, pesquisa que foi objeto de sua monografia de
graduação. Como bailarino, possui formação em ballet clássico, jazz,
contemporâneo, moderno, dança afro e dança-teatro. Integrou as companhias
gaúchas Transforma Cia de Dança, Muovere Cia. de Dança, Cia. Annette Lubisco e
com participação no Ânima Cia de Dança no espetáculo Caixa de Ilusões. No
Brasil, participou da Raça Cia de Dança/SP, trabalhou com o diretor Henrique
Rodovalho (Quasar Cia de Dança/GO), de 1998 a 2003, nos espetáculos: “Versus”,
“Registro”, “Divíduo”, “Coreografia para Ouvir” e “Empresta-me teus olhos”,
apresentando-se em todas as capitais do Brasil, Portugal, Alemanha, Dinamarca,
França, Holanda, Itália, México e Estados Unidos. Participou de vários festivais
nacionais e internacionais, como o Festival de Dança de Joinville e Biennale de
la Danse de
Lyon, na França. Entre 2002 e 2003, lecionou na Universidade Federal de Goiás,
nos cursos de Teatro e Musicoterapia. Considera seus principais mestres
Berenice Fuhro Souto, Susana D'Ávila, Tony Abbott, Henrique Rodovalho, Ivonice
Sati, Denise Namura, Ancelmo Zolla, dentre outros. Como coreógrafo, Paulo
Guimarães criou em 2004 o espetáculo Acessos. De volta a Porto Alegre, este
trabalho convergiu na criação do espaço MEME - a partir do qual foi possível
desenvolver novos espetáculos: Bu! Um olhar adulto sobre a criança que há em
nós (2005), premiado com quatro Açorianos de Dança, entre eles, melhor
espetáculo, Despidas por seus celibatários (2006) e Teresinhas (2008). Desde
2006, desenvolve trabalho de pesquisa em vídeo-dança. Ao
lado de Fernanda Stein, Eny Shuch e Niúra Borges desenvolveu A-paralelos,
trabalho que lhes rendeu premiação no Açorianos de Artes Plásticas, edição
2007, como destaque em Mídias Tecnológicas. Além disso, foi premiado com
Açorianos de Dança 2004, como melhor coreografia, por “Aventuras”, da Muovere
Cia. de Dança, e conquistou 1º lugar e destaque de contemporâneo no 11º Poa em Dança,
edição 2008, pela coreografia “Nós que Aqui Estamos”. Atualmente, em parceria
com Tiago Rinaldi, administra o MEME Santo de Casa Estação Cultural, projeto
independente e alternativo à circulação artística no RS. Inaugurado em abril de
2010, Santo de Casa também é a sede do Meme Grupo de Pesquisa do Movimento,
coletivo que promove o intercâmbio, a experimentação e o diálogo de processos
híbridos de criação artística.