quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Oficina dá início a ciclo sobre arte e cidade



O V Encontro MEME de Arte Experimental, que nessa edição tem como tema “Arte de acessar a cidade... um caminho contínuo”, será realizado em um ciclo de quatro estações. A proposta prevê que as estações do ano e as transformações que operam na cidade inspirem momentos de criação, interlocução e vivências voltadas para a relação do corpo com o espaço urbano, proporcionando um processo de ações e reflexões sobre as diferentes formas artísticas de acessar e atuar na cidade.

A primeira etapa inicia dia 24 de agosto. A programação abre com a performance “Empilhamentos”, do artista visual Ernani Chaves no MEME. Na seqüência acontece um laboratório de criação e reflexão sobre as relações entre o corpo e a cidade (No MEME e Centro de POA, dia 25 e na Casa Comum dia 26). A oficina terá a "ruína" como ponto de partida, trabalhando qualidades e relações como: o corpo e a arquitetura, a permanência e a impermanência, a lembrança e o esquecimento, a construção e a destruição. Através da experiência da deriva e da vivência em uma ruína será proposta a criação de intervenções poéticas.

O evento integra o Programa MEME Quatro Estações de Cultura, projeto agraciado no Prêmio Procultura de Estímulo ao Circo, Dança e Teatro 2010, via Ministério da Cultura/ FUNARTE, e tem a curadoria coletiva de Gabriela Canale, Letícia Coelho, Luciano Montanha e Paulo Guimarães.



Serviço
Performance 'Empilhamentos’ aberta com Ernani Chaves 
24 de agosto às 20h
MEME [Rua Lopo Gonçalves, 176 – Cidade Baixa
Entrada Franca

Oficina de criação Corpo-Cidade-Ruína
25 e 26 de agosto, das 10h às 13h, das 14h30 às 18h30 – oficina para artistas e interessados pelas artes cênicas e visuais
MEME [Rua Lopo Gonçalves, 176 – Cidade Baixa] e Casa Comum [Rua Sofia Veloso, 68 - Cidade Baixa]
Valor: R$ 120,00 até dia 20 de agosto e R$ 150,00 até o dia 24 de agosto
Inscrições: MEME – Lopo Gonçalves, 176 – F. 51 30192595 – centromeme@centromeme.com.br

Ernani Chaves
Possui graduação em Licenciatura em Artes Visuais pela UERGS (2007). É Arte-educador e Artista Plástico, atua como docente em comunidades através de gravuras, ilustrações, murais e grafitti. Também desenvolve metodologia de artes com educadores. Atualmente desenvolve pesquisa em arte contemporânea, advinda da gravura, denominada empilhamentos. Recentemente foi selecionado pelo Programa Itaú Rumos Cultural em Artes Visuais 2008-2009.

Gabriela Canale Miola
Graduada em Comunicação, mestre em Estudos Literários (UEL) e doutoranda em Teoria Literária e Literatura Comparada (USP). É membro do GPIT, grupo de pesquisa de Identidade e Território da UFRGS. Desenvolve trabalhos artísticos em que estabelece diálogos entre diferentes linguagens – sobretudo a literatura e as artes visuais. Tem como ponto de partida o tema da cidade. Fazem parte das suas obras vídeos imersivos, vídeo danças, instalações, fotografias, colagens, arte cibernética, intervenções urbanas e filmes. Dirige desde 2008 o Multigraphias, projeto de criação coletiva de artistas residentes em diferentes partes do mundo que compõe diariamente uma narrativa colaborativa sobre as cidades e atualmente desenvolve o projeto Cidade Imaginada em que parte de qualidades do espaço urbano para criar vídeos e performances.

Letícia Castilhos Coelho
Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFRGS (2000) e Mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo PROPUR/UFRGS (2011). Atua profissionalmente nas áreas da Cultura, Patrimônio Histórico, Planejamento Urbano e Preservação Ambiental em instituições públicas e privadas, com diversos trabalhos realizados para projetos e obras de arquitetura e urbanismo, preservação do patrimônio cultural e restauração de prédios históricos, projetos e produção de espaços cenográficos para eventos, exposições e espetáculos, planejamento e execução de atividades de educação patrimonial; pesquisa científica e publicações.É professora substituta no Instituto de Artes da UFRGS - Departamento de Arte Dramática; professora no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade FEEVALE; pesquisadora no Grupo de Pesquisa Identidade e Território – GPIT/UFRGS e no Pagus - Laboratório da Paisagem/UFRGS. Conselheira estadual do Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB/RS na gestão "Cidade e Cultura" (2012-2013). Pratica dança contemporânea desde 1999. Atualmente, desenvolve pesquisa voltada para experiências metodológicas e artísticas que busquem investigar as relações entre o espaço e o corpo, como fundamentação para o trabalho intitulado "Pegadas urbanas: o andar na leitura da cidade".

Luciano Laner (Luciano Montanha), Canoas/RS (1975)
É artista visual, designer gráfico e educador. Graduou-se em Artes Visuais na UFRGS (2007). Atua como arte-educador desde 2003. Integrou a equipe do Projeto Pedagógico da 6ª Bienal do Mercosul, onde foi um dos coordenadores do Espaço Educativo. Entre 2005 e 2007 integrou a equipe de Ação Educativa do Santander Cultural, em Porto Alegre, atuando como mediador cultural. Entre 2008 e 2011 coordenou o Programa Educativo da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, tendo concebido e publicado Materiais Didáticos, ministrado Cursos de Formação para Educadores, coordenado uma equipe de 16 mediadores e concebido as Ações Educativas de cerca de 17 exposições, destacando-se “Iberê Camargo – Moderno no Limite”, “Dédale – uma filme-instalação de Pierre Coulibeuf”, “Dentro do Traço, Mesmo”, “O Alfabeto Enfurecido – Leon Ferrari e Mira Schendell”, “Desenhar no Espaço – artistas brasileiros e venezuelanos na Coleção Patrícia Phelps de Cisneros” e “Convivências – Dez anos da Bolsa Iberê Camargo”. Atualmente, coordena a Ação Educativa do Projeto Séculos Indígenas no Brasil, onde vem aproximando jovens indígenas, estudantes de Brasília, do trabalho de mediador cultural, além de estar preparando o material didático do projeto, destinado aos professores das redes de ensino do DF. Como artista, realizou exposições individuais e participou de exposições coletivas em Porto Alegre, tendo sido a exposição “Janela para o Céu – situação Abyssos” (2009) indicada ao IV Prêmio Açorianos de artes plásticas nas categorias “Destaque em Fotografia” e “Artista Revelação”. Teve trabalhos publicados na “Revista Odisséia” (Porto Alegre, 2009), no “Jornal Como” (Porto Alegre, 2007) e no site do “Projeto Percursos” (2007). www.lucianomontanha.blogspot.com/ www.flickr.com/photos/lucianomontanha / www.seculosindigenasnobrasil.com

Paulo Guimarães
Bailarino e coreógrafo, é fundador e coordenador do Meme – Centro Experimental do Movimento, de Porto Alegre, onde atua desde 2004, desenvolvendo laboratórios de sua pesquisa “Movimento Singular” com bailarinos, atores, músicos, artistas plásticos e demais interessados, dentre os quais, bolsistas de comunidades em situação de vulnerabilidade social. Sua trajetória, envolvendo ensino e criação artística, iniciou no curso de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas (1986) ao trabalhar com crianças da periferia de Pelotas no que chamou de “Resgate de Brincadeiras”, pesquisa que foi objeto de sua monografia de graduação. Como bailarino, possui formação em ballet clássico, jazz, contemporâneo, moderno, dança afro e dança-teatro. Integrou as companhias gaúchas Transforma Cia de Dança, Muovere Cia. de Dança, Cia. Annette Lubisco e com participação no Ânima Cia de Dança no espetáculo Caixa de Ilusões. No Brasil, participou da Raça Cia de Dança/SP, trabalhou com o diretor Henrique Rodovalho (Quasar Cia de Dança/GO), de 1998 a 2003, nos espetáculos: “Versus”, “Registro”, “Divíduo”, “Coreografia para Ouvir” e “Empresta-me teus olhos”, apresentando-se em todas as capitais do Brasil, Portugal, Alemanha, Dinamarca, França, Holanda, Itália, México e Estados Unidos. Participou de vários festivais nacionais e internacionais, como o Festival de Dança de Joinville e Biennale de la Danse de Lyon, na França. Entre 2002 e 2003, lecionou na Universidade Federal de Goiás, nos cursos de Teatro e Musicoterapia. Considera seus principais mestres Berenice Fuhro Souto, Susana D'Ávila, Tony Abbott, Henrique Rodovalho, Ivonice Sati, Denise Namura, Ancelmo Zolla, dentre outros. Como coreógrafo, Paulo Guimarães criou em 2004 o espetáculo Acessos. De volta a Porto Alegre, este trabalho convergiu na criação do espaço MEME - a partir do qual foi possível desenvolver novos espetáculos: Bu! Um olhar adulto sobre a criança que há em nós (2005), premiado com quatro Açorianos de Dança, entre eles, melhor espetáculo, Despidas por seus celibatários (2006) e Teresinhas (2008). Desde 2006, desenvolve trabalho de pesquisa em vídeo-dança. Ao lado de Fernanda Stein, Eny Shuch e Niúra Borges desenvolveu A-paralelos, trabalho que lhes rendeu premiação no Açorianos de Artes Plásticas, edição 2007, como destaque em Mídias Tecnológicas. Além disso, foi premiado com Açorianos de Dança 2004, como melhor coreografia, por “Aventuras”, da Muovere Cia. de Dança, e conquistou 1º lugar e destaque de contemporâneo no 11º Poa em Dança, edição 2008, pela coreografia “Nós que Aqui Estamos”. Atualmente, em parceria com Tiago Rinaldi, administra o MEME Santo de Casa Estação Cultural, projeto independente e alternativo à circulação artística no RS. Inaugurado em abril de 2010, Santo de Casa também é a sede do Meme Grupo de Pesquisa do Movimento, coletivo que promove o intercâmbio, a experimentação e o diálogo de processos híbridos de criação artística.

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