Trazendo diferentes expressões artísticas para um diálogo aberto, o Grupo de Pesquisa do Movimento desenvolve espetáculos, laboratórios, espaços-improviso, performances, debates, palestras, sempre valorizando processos de criação artística e buscando uma linguagem própria e poética para a dança. Criado em janeiro de 2004, por Paulo Guimarães, bailarino da Quasar Cia. de Dança (1998 a 2003), atualmente o Grupo reside no MEME - Centro Experimental do Movimento, em Porto Alegre – RS.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Sexta é noite de Sarau Cantos do Mundo!
14a. EDIÇÃO DO SARAU CANTOS DO MUNDO:
28 DE OUTUBRO DE VOLTA AO MEME SANTO DE CASA
"Ouço música de toda parte, música de movimento, música como alimento". (Avaroha)
MEME SANTO DE CASA
Inaugurado há 1 ano, o MEME Santo de Casa Estação Cultural é a consolidação de um trabalho que vem sendo desenvolvido pelo MEME - Centro Experimental do Movimento, coordenado pelo bailarino e coreógrafo Paulo Guimarães. O Meme se firma como um espaço onde a dança convida outras linguagens artísticas promovendo o intercâmbio, a experimentação e o diálogo de processos híbridos de criação artística. O Meme Santo de Casa fica na Lopo Gonçalves, 176, Cidade Baixa, em Porto Alegre.
SERVIÇO
O que: 14a. edição do Sarau Cantos do Mundo
Quando: 28 de outubro de 2011, às 21h30
Onde: Meme Santo de Casa Estação Cultural
End: Rua Lopo Gonçalves, 176 – Cidade Baixa – Porto Alegre/RS – Fone 3019-2595
Quanto: R$ 25 - ingressos no local
Capacidade: 60 pessoas
Sarau Cantos do Mundo é:
MARISA ROTENBERG
MONICA TOMASI
GELSON OLIVEIRA
RICARDO ABHEERU
DANIEL PRADEEP
TULA STRACCIA
MIMMO FERREIRA
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Sou feito de?..
Iniciação teatral para adolescentes
Karine Cupertino atividade gratuita
5 de novembro - sábado
15 horas
Reservas
Lopo Gonçalves, 176 - Cidade Baixa - Poa
30192595 centromeme@centromeme.com.br
sábado, 15 de outubro de 2011
Crianças, do assistencialismo à inclusão social
Tomamos a liberdade de reproduzir aqui o artigo de Cláudia Rodrigues no Sul 21 a respeito do Rua da Criança, evento realizado por nós dia 12 de outubro de 2011:
Muito se fala de inclusão, mas na prática o assistencialismo ainda é a forma de contato mais comum entre as classes sociais. Doar objetos novos ou usados, alimentos e brinquedos é o que se faz mais. Dizer que o assistencialismo não tem função seria um exagero, mas há algo que o assistencialismo realmente não promove: inclusão social.
De megaprojetos, como construções de casas em bairros afastados para a população de baixa renda, ao recolhimento de brinquedos em escolas particulares para doações a escolas públicas, o assistencialismo, por melhores que sejam as intenções, reforça muros entre ricos e pobres estabelecendo linhas muito claras de distanciamento entre as classes sociais, o que pode ser definido como a antítese do que seria a promoção da inclusão social.
Às vésperas do dia das crianças, reunida com uma amiga a debater o tema assistencialismo x inclusão social, ela surpreendeu-me com a constatação de que atividades voltadas para a inclusão causam medo nos que deveriam promovê-la: “Ora Cláudia, mesmo os que sabem teoricamente da importância de se investir na inclusão têm medo, as pessoas têm medo de se misturar, realmente não desejam conviver com as diferenças, preferem ficar nos seus guetos e ajudar dessa forma, mantendo a coisa num terreno neutro e distante, para muitos é só mais uma utopia.”
Ela deve ter razão, só pode ser medo porque a insuficiência do assistencialismo já é conhecida faz tempo, ele de fato aumenta as diferenças, os estranhamentos, as fobias de contato e, por consequência, a violência, mas como atenua a culpa, continuamos trilhando esse caminho já conhecido, que durante muito tempo conseguiu apartar os pobres nas periferias, em serviços subalternos, distanciados das melhores fatias do bolo social e econômico. O que conseguimos com o assistencialismo ou com o enfraquecimento dele diante do investimento em práticas cada vez mais privativistas, individualistas, foi criar um gigantesco universo paralelo e uma enorme dificuldade de lidar com as diferenças.
Mas que loucos são esses que querem trazer a periferia para morar nos prédios abandonados do centro? Que loucos são esses que querem promover convivências entre alunos de escolas públicas e particulares? Será que eles não enxergam que as diferenças precisam ficar muito claras e bem limitadas, que cada macaco deve ficar no seu galho? Que história é essa de derrubar muros e construir pontes?
É uma história de aposta em outro paradigma, pelo menos para quem tem certeza de que nossa história social, política e econômica está falida emocionalmente. A tese é de que não basta doar coisas, dividir coisas, mas trocar sentimentos, entrar no corpo a corpo, abrir as janelas, promover encontros, dar conta das diferenças na prática focando em igualdades comuns, que não são poucas. Como diz o ditado, “crianças são todas iguais, só mudam de endereços”.
Nesse último dia 12 de outubro tive o prazer de ver de perto como a inclusão social não é uma utopia, mas uma prática a ser multiplicada.
Um projeto do Meme http://www.centromeme.com.br/ com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e o SATED – Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos e Diversões, reuniu crianças da Escola Pão dos Pobres, Central Única das Favelas, Centro, Cidade Baixa, Bonfim, Moinhos de Vento, Auxiliadora e outros bairros nobres da cidade para uma tarde de diversão e arte na Rua Lopo Gonçalves, na Cidade Baixa.
“A idéia era devolver a rua livre, repleta em diversidade e sem diferenças sociais ou econômicas para as crianças, estamos muito satisfeitos, foi uma tarde em que mais de 1500 crianças se divertiram, misturando-se com muita alegria”, relata o professor e bailarino Paulo Guimarães, um dos sócios-fundadores do Meme.
A rua foi fechada para a gurizada, pais e amigos da idéia. Os cinco sócios do Meme passaram a tarde trabalhando duro na distribuição de pipoca, suco, água e doces para as crianças que se organizavam sem brigas na fila. Curiosamente as crianças de escolas privadas, acostumadas ao esquema de fichas pagas, foram as a que mais se divertiram com a distribuição gratuita. Acharam a idéia “uma coisa planetas”.
“É, posso pegar pipoca sem pagar?”
“Ué, pode sim, todo mundo pode pegar e eu posso dar uma volta no teu skate?”
“Pode, pode pegar, eu vou estar na corrida do ovo depois, me encontra lá!”
“Tu já viu o contador de histórias?”
“Já, bem legal!”
É claro que a gurizada se pegou no futebol, mas os adultos foram lá e administraram na compreensão e com muito humor, na paz, sem gritos, sem insultos, como deveria ser em todas as escolas públicas e privadas do país. Continuo com a tese de que só a arte salva, não a arte da TV com seus artistas que só têm as quatro caras: a do riso, a da tristeza, a do espanto e a da violência, mas esses artistas que dançam, cantam, fazem malabares, improvisos, esses artistas de corpo inteiro e alma libertária que desipnotizam do tédio da vida sempre igual, das relações ríspidas, afetadas, sem humor e sem criatividade. Falta arte nas escolas públicas e privadas. A arte une as pessoas e melhora as relações humanas.
Se houve algum estranhamento, para além do breve entrevero entre gremistas e colorados, não durou mais do que alguns minutos iniciais; logo estavam todos sentados pelo chão para assistir ao teatro do homem que faz bolhas de sabão gigantes, a moça nas pernas de pau, as artistas do trapézio e da lira, o moço do tecido; foi mais do que comida de graça, foi diversão e arte em sua forma máxima de expressão unificadora.
Depois de uma tarde inteira de tanta alegria nas misturanças, fico cá a perguntar-me: por que será que temos tanta dificuldade em associar a violência com os muros erguidos e tanto medo da paz da inclusão?
Como podem as crianças, tão plenas de naturalidade frente à igualdade humana, desenvolver essa natureza de respeito às diferenças, se passamos a vida investindo numa formação separatista? Que sentimentos individualistas produzimos, em crianças ricas ou pobres, quando não promovemos a socialização? Com suas duas brutas faces – a da competição para o sucesso garantido e a do colapso que gera a revolta –, o individualismo está em velocidade crítica; a solução talvez resida na junção das forças e não no aumento do abismo entre elas.
Terminei o dia com esperança de que mais atitudes como essa se multipliquem. A caminho de casa, levando três crianças felizes e exaustas, sombreei por um minuto em um longo suspiro. O dia fora uma exceção, uma rua entre tantas outras que guardavam crianças solitárias, algumas com seus brinquedos caros e raros, prisioneiras dos excessos; outras sem brinquedos, sem cuidados básicos, reféns das privações.
Cláudia Rodrigues, jornalista, terapeuta reichiana, autora de Bebês de Mamães mais que Perfeitas, 2008. Centauro Editora. Blog: http://buenaleche-buenaleche.blogspot.com.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Apresentação da palhaça Palitolina (Genifer Gehardt)- Rua da Criança 2010 |
Amarelinha! |
Arte Circense com a artista Ludmila |
Ludmila |
Banca de maquiagem |
Banca de maquiagem |
Crianças de todas as idades |
Olha o João curtindo o Show de Música com a Banda Boraimbolá |
Perna de Pau! |
Mais perna de pau! |
Banca de fantasias! |
Muita brincadeira de rua |
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Artistas do Sarau Cantos do Mundo. |
Website do Playing for Change Day. |
Meme Santo de Casa Estação Cultural |
O que: 13a. edição do Sarau Cantos do Mundo / Playing for Change Day
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Territórios da Cultura em discussão
Constituir um “território de cultura” tem sido uma constante busca na trajetória do Grupo Meme, um território construído por mãos conscientes do que significa compartilhar e que respeite as individualidades.
A questão, que serve como pergunta para todos os segmentos envolvidos é: - Trata-se de um investimento lucrativo e por este motivo vale a pena investir em um território da cultura?
O IV Encontro MEME vem com a finalidade de discutir e refletir a cerca destas questões, sempre com o intuito de cada vez mais edificar pontes, criar e fortalecer nossas redes de contatos e buscar soluções em prol de uma sociedade mais humana.
MEME Santo de Casa Estação Cultural.
2 de setembro - sexta-feira
Valor: 60 reais (antecipado 50 reais)
Entrada: Croutons de pão árabe com dip de beterraba e ervilhas.
Prato principal: Rizotto de Zuchinni a La Crema. Salada Caprese. Mix de Folhas com parmesão e croutons.
Sobremesa: Torteletes de maçã com sorvete de gengibre.
(6 h/aula)
ministrante: Dudude Herrmann (Belo Horizonte/MG)
Valor: 60 reais (antecipado 50 reais)
Esta oficina aborda questões tanto diretas como correlatas ao movimento em si, abrangendo as intensidades destes corpos, trazendo a questão do que pode vir a ser um corpo, e do que este corpo entende sobre estados de dança. A dinâmica desta prática segue com exercícios que estimulam a fisicalidade, a espacialidade, o ritmo, a percepção dos sentidos e em um segundo momento trabalhar com exercícios direcionados para a improvisação, deixando que o aluno perceba suas estratégias de composição. Esta atividade é indicada para bailarinos, artistas da cena e pessoas afins com uma prática corporal e curiosas com as notícias do movimento. Recomendado para maiores de 18 anos.
Dudude Herrmann (BH), bailarina, improvisadora,performer, coreógrafa, diretora de espetáculos e professora de dança. É idealizadora, coordenadora do evento “Ciclo de confluências-Ideias de...”. Desenvolve parcerias criativas com diversos artistas, trabalha em seu atelier de criação, onde promove eventos ligados a arte contemporânea. Segue trabalhando interessada e curiosa em assuntos de arte/vida.
14h Mesa Redonda “Territórios da Cultura”
convidados: Dudude Hermann(MG), Márcia Strazzacappa (SP), Valéria Franco (SP), Valéria Figueiredo (GO), Lenir Lima (GO), Rosane Baptistella (SP), Pascal Berten (Alemanha), Breno Ketzer (SMC-POA), Vinícius (SATED), Marise Siqueira (ASGADAN), Daniela Castro (Rio Grande), Alexandra Dias (UFPEL), Liége Biasoto (SMC), Áurea Feijó - Associação Pró-Dança de Novo Hamburgo, Wagner Ferraz (IACEN/SEDAC)
Performance
Entrada Franca
17h Coffee Break
17h-20h Oficina Percussão e Movimento (3 h/aula)
Mimmo Ferreira (RS) e Valéria Franco (SP)
Valor: 50 reais (antecipado 40 reais)
21h Apresentação “Sobre Mulheres e Lobos”
Valor: 16 reais (antecipado 10 reais)
4 de setembro - domingo
ministrante: Dudude Hermann (Belo Horizonte/MG)
12h Almoço
Baru Café Bistrô
Valor: 20 reais
14h - 17h Resultado da oficina de Dudude
Roda Circular
Mostra de Arte Experimental
Entrada Franca
18h30 Performance “A cor do tempo”
Lenir de Lima (GO) e Thais Freitas (RS)
Entrada 1 kg de alimento não perecível
Valores:
Oficina Dudude Hermann: 60,00
Oficina Mimmo Ferreira e Valéria Franco: 50,00
Apresentações:
16,00 (10,00 alunos Meme, estudantes e terceira idade)
Passaporte:
2 oficinas + 1 apresentação + jantar = 140,00 (até 01/09)
Mostra Experimental, Mesa Redonda: entrada franca
Apoio Cultural: